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13,98 €A presente obra pretende contrariar a tendência comum que tende a definir a identidade de um determinado grupo pelas suas caracterÃsticas culturais descritÃveis. Segundo o autor, o processo de construção identitária é mais complexo que esta simples e eventual correspondência. Em primeiro lugar, porque a consciência identitária necessita do confronto cultural com o outro, sem o qual não desperta e não toma forma. De facto, a identidade procede do nÃvel de consciência que o grupo tem das suas práticas culturais, as quais só se tornam, mais ou menos, manifestas graças à comparação cultural com terceiros. Em seguida, porque as práticas culturais conscientes dependem da sua reinterpretação pelos agentes sociais. Neste processo, é possÃvel introduzirem-se discrepâncias entre a representação da realidade cultural descritÃvel e essa mesma realidade. Por outro lado, a construção identitária está sujeita à aculturação e à anomia social daà provenientes. Resta também que os indivÃduos podem identificar-se com algo que não lhes corresponde culturalmente. Assim, a norma identitária, forçosamente consciente (contrariamente à cultura), reflecte, sobretudo, a construção de uma imagem saÃda da interpretação das práticas culturais centrais do grupo e as suas incertezas. O autor chama ainda a atenção para o possÃvel desajuste entre identidade formal e sentimento de pertença, divergência muito comum no universo das sociedades actuais. Baseado nesta perspectiva geral, o livro analisa os grandes factores antropológicos da identidade e o seu peso na tomada de consciência desta. A finalizar, é colocado em evidência o fraco reflexo identitário regional português em favor da consciência nacional assim como determinados aspectos paradoxais de incerteza desta mesma identidade nacional.